sábado, 1 de fevereiro de 2020

Capítulo 5 - Fallen

Capítulo 5

Minha cabeça latejava, meu corpo estava quente e minhas pálpebras, pesadas. Tento me levantar, mas tudo estava dolorido. Tento me lembrar do que tinha acontecido, lembro-me de tudo. Abro os olhos e vejo aquele homem de antes, ele estava sentado em uma cadeira de madeira, olhava para mim, preocupado.
- Você está melhor?
- Acho que sim. O que aconteceu?
- Você desmaiou e rolou ladeira abaixo
- Bem, isso explica a enxaqueca e o corpo dolorido – digo – Tenho que voltar para o meu acampamento
- Não! Você tem que ficar com o seu povo
- Eles precisam de mim, sou a única médica lá.
- Por favor, fique com a gente.
- Diga-me o seu nome – falo
- Fique conosco, essa é a sua casa...
- Seu nome
- Sebastian.
- Sebastian, eu preciso ir – digo
- Então vá, mas não conte á ninguém sobre nós, sobre sua história.
- Certo
- Toda noite eu vou visita-la, estarei detrás da nave, logo após a meia noite.
- Tudo bem. Agora me diga: Como eu volto para o acampamento?
- Eu ti levo. Venha.
Ele me envolve em seus braços e me guia para fora da cabana. Ele segurava a minha mão enquanto nos caminhávamos pela floresta densa. Demos várias e várias voltas, passamos por arvores  altas, vermelhas e fedorentas. Sebastian me disse que elas eram venenosas.
Já era noite quando eu cheguei no acampamento. Um muro de latão já haviam sido erguido ao redor do acampamento. Me assusto no momento em que vejo guardas nas portas do muro. Viro-me para Sebastian e ele sorri.
- Você passou quase um dia desmaiada depois que a sequestramos. Depois, você passou dois dias apagada.
- Ou seja, passei quase quatro dias fora?
- Basicamente.
- Até mais, Sebastian – digo me afastando dele.
Sebastian me puxa pelo braço, encosta seu corpo no meu e aproxima sua boca da minha. Nossa respiração se entrelaçava, nossos batimentos cardíacos desaceleravam. Eu não me sentia pressionada, sentia que o conhecia. Eu o conhecia, na verdade, só não me lembrava.
- Vou fazer você se lembrar de mim, Mykaela – diz ele e adentra a floresta, correndo.
Balanço a cabeça e vou até o portão. Minhas pernas doíam por causa da queda assim como a minha cabeça. Dois garotos gritam o meu nome enquanto correm até mim, assustados e felizes ao mesmo tempo. John me pega no colo e me leva até a minha barraca.
- Myka, você está bem? – pergunta Thomas
- Onde você estava?
- Finn, Thomas, logo responderei suas perguntas, mas agora eu preciso descansar...
- Ah, ok. Descanse – diz Finn saindo da barraca
- Fiquei preocupado – diz Thomas se sentando ao meu lado na cama.
Sento-me e abraço-o. Eu realmente gostava de Thomas, desde de que chegamos ele sempre esteve por perto, cuidando de mim. Eu sempre ficava um pouco mais feliz quando ficava perto dele. Ele me trazia calma, algo que ninguém aqui na Terra conseguia me proporcionar.
- Você está horrível. O que aconteceu?
- No dia em que Octavia se machucou eu saí do acampamento e fui dormir na floresta. Sem querer eu rolei o barranco e fui para Deus-sabe-onde. Fiquei dois dias apagada, acho...
- Você passou quase quatro dias fora...
- Nossa... Alguém ficou doente nesse tempo?
- Não.
- E a Octavia? Está melhor?
- Forte como um cavalo – ele sorri
- Ótimo – digo fechando os olhos.
Sinto as mãos quentes de Thomas passando pela minha cintura e me deitando na cama. Seu corpo se deitando ao meu lado e acariciando o meu rosto. Sua respiração batia em minha testa e brincava com os meus cabelos. Seu mão fazia carícias em meu braço. Durmo sendo embalada por uma canção que não conheço.

Acordo com um apertão no braço. Era Thomas.
- Bom dia, Myka – sorrio e me sento na cama
- Bom dia.
- Sinto em lhe informa, mas o Bellamy quer fazer um interrogatório com você.
- Prevejo uma dor de cabeça
- Vamos, antes que ele entre aqui e ti erraste pelos cabelos.
Levanto e prendo o meu cabelo em um rabo de cavalo. Visto a minha jaqueta e saio a passos lerdos e doloridos. Thomas segurava minha cintura e me ajudava a andar. Bellamy estava parado na frente da nave, de braços cruzados.
- Onde você estava?
- Depois que você brigou comigo por salvar a vida da sua irmã eu saí do acampamento e caminhei o mais longe possível. Sentei perto de um penhasco e acabei pegando no sono. A última coisa de que me lembro é de estar rolando entre folhas secas, terra e galhos.
- Então você passou três dias apagadas? – perguntou Bellamy
- Não. Passei dois dias vagando pela floresta, procurando o acampamento e...
Minha visão fica turva e eu cambaleio para trás. Thomas me segura e eu fecho os olhos. Minha cabeça girava.
- Bellamy, está bom por hoje. Ela está cansada – diz Thomas
- Bellamy, alguém ficou doente enquanto eu estava fora?
- Myka, eu já ti respondi isso, lembra?
- É mesmo – digo sorrindo e desmaiando

Abro os olhos e vejo Jaha ao meu lado. Um bipe irritante tocava se cessar. Olho ao redor, eu estava na ala médica da Arca. Chanceler estava na cama, com vários canos conectados ao seu corpo e com uma aparência fantasmagórica.
- Lembre-se. Proteja os 100.
- Jaha, você que devia protegê-los
- Eu não consigo, não mais. A Arca vai vir a falência logo, vocês são a ultima esperança
- Jaha, por favor!
- Tudo que você precisa está dentro da sua cabeça e dentro do seu coração.
- Chanceler...
- Mykaela, você precisa entender: os 100 são a humanidade agora.
- Jaha, o oxigênio durará dois meses, talvez menos, mas até lá nós iremos ver se a Terra é habitável, e todos poderão descer.

Jaha tenta dizer alguma coisa mas seu coração para junto com os bipes. Três médicos entram no quarto, gritando e xingando. Lágrimas caiam desesperadamente pelo meu rosto. Um frio percorre a minha, minha visão fica embaçada, minhas pernas amolecem e eu caio no chão.

Capítulo 4 - Fallen

Capítulo 4 - Hi, Family?


- O que aconteceu? De quem é esse sangue? – pergunta Thomas

- Octavia... Ela foi nadar e... – digo – Levem-na para nave, deixem a perna dela erguida, não mexam na ferida

- O que você fez com a minha irmã?! – grita Bellamy

- Não foi eu! Ela que entrou no maldito lago! – digo – Eu tenho que ir – Bellamy segura o meu braço

- Se ela morrer eu te mato!

- Se você não me soltar ela morre, entendeu?

Bellamy bufa e me solta. Entro correndo na nave. Octavia gritava e xingava os outros.

- Octavia, aquiete-se!

- Não me mande calar a boca, vadia!

Respiro fundo e vou trabalhar na perna dela.


Depois de duas horas eu já havia estabilizado Octavia. Ela dormia tranquilamente quando seu irmão entrou furioso na nave.

- Ela teve uma hemorragia externa, perdeu muito sangue mas vai sobreviver.

- Ela está pálida!

- Qual parte do ´´ perdeu muito sangue ´´ você não entendeu?

- Ela poderia não ter perdido...

- Eu fiz o que eu pude, OK?

Saio correndo da nave e vou para a floresta. Encosto-me em um tronco e fecho os olhos.

- Eu salvo a vida da irmã dele e é assim que ele me trata.

Respiro fundo e me sento no chão. Apoio minha testa nos joelhos, minha cabeça latejava, assim como o restante do meu corpo. Estava toda dolorida. Olho para as minhas mãos, estavam repletas de sangue, olha para as minhas roupas, rasgadas e ensanguentadas.

Penso em como era a minha vida na Arca, antes de ser presa. Jaha confiava em mim, meus pais se orgulhavam, o Conselho achava que logo eu iria assumir uma cadeira. Era tudo tão bom. Cinco dias da semana eu passava indo ás aulas de medicina ou nas aulas de biologia. Nos finais de semana eu passava na biblioteca ou no necrotério.

Minhas refeições eram sempre gostosas, não era parecido com o mingau insosso da cadeia. Meus pais costumavam ser assessores dos Conselheiros, por isso morávamos em uma sala ampla com duas portas, uma para o quarto dividido e outra para o banheiro, respectivamente. Tinha uma mesa de vidro redonda no centro e dois sofás nas laterais, e um pequeno escritório ao lado da entrada.
Mas tudo isso mudou quando eu infringe a lei. Meus pais foram morar nos Alojamentos. Eles tinham um cubículo com uma beliche incrustada na parede, uma mesa quadrada pequena de cimento no centro e duas cadeiras de metal. Agora eles iam para o banheiro comunitário e o refeitório.

Sinto uma pancada na cabeça, minha visão fica turva e desabo no chão. Minha cabeça latejava. Mal conseguia enxergar, tudo começa a rodar e então a escuridão.

Abro os olhos. Estava em um quarto azul com várias janelas. Na mesa ao lado da cama havia um bilhete e na cama havia um vestido parecido com os vestidos das rainhas egípcias, era bege com faixas douradas. Pego o bilhete e leio-o:´´ Encontre-me no jardim, o mundo e eu precisamos de você´´

Isso devia ser um sonho. Vou para o banheiro e tomo um banho, visto-me com uma calça azul escura, uma blusa branca e uma jaqueta cinza, saio do quarto  e caminho pelo corredor, desço as escadas rapidamente. Paro na cozinha e calço uma bota qualquer. Saio da casa e corro até a floresta mais próxima.

Uma luz forte me cega por alguns dolorosos instantes, fecho os olhos e balanço a cabeça. Ouço passos vindo na minha direção, vozes masculinas e femininas ecoavam no ambiente. Abro os olhos, lentamente a luminosidade se ajusta.

Um homem se aproxima de mim, ele parecia um pouco mais velho e mais alto do que Bellamy, seu rosto era fino, esbelto, seus ombros, largos. Ele era bonito e sorria para mim. O homem fez um gesto para um dos rapazes que estavam dentro da sala e então sinto uma coisa fria se aproximando dos meus punhos e tornozelos. Dentro de poucos segundos eu já podia mexe-los.

- Venha

- Quem é você? – pergunto com a voz rouca

- Um amigo seu

Ele me segura pelas mãos e me guia para fora daquela sala fria e luminosa. Caminhamos por alguns corredores e em poucos minutos nós já estávamos de volta na mata. Estava anoitecendo, pergunto-me se os sobreviventes notaram a minha falta. Provavelmente não, Bellamy estava lá, assim como Finn e Thomas.

- Bem vinda, Mykaela – diz ele

- Como você sabe o meu nome?

- Como eu disse, sou um amigo seu...

- Mas eu não ti conheço – falo tentando me afastar dele

- Querida, você era da Terra, mas assim que Jaha assumiu o poder ele enviou uma nave para a Terra, lá havia várias máquinas que determinava a porcentagem que seu cérebro usa. Todos passaram por ela, e você, Mykaela foi a única que atingiu a porcentagem máxima, o resto mal passou de 10%.

- Mas como Jaha sabia que vocês existiam?

- É um segredo passado de chanceler para chanceler.

- Mas isso é impossível...

- Mykaela, pense, ninguém consegue armazenar o tanto de conhecimento que você consegue, por isso você tem quase tudo de cor, sua memória é perfeita...

- Mas como é que eu não me lembro de ter nascido na Terra?

- Jaha teve que apagar sua memória, seria um problema se você lembrasse daqui – responde ele

- Então significa que meus pais...meus verdadeiros pais estão aqui?

- Estão, mas não vivos. Perdoe-me, Mykaela, mas eles morreram.

- Como? Quando?

- Provavelmente você ouviu a gravação falando sobre a mutação

- Sim – digo, quase sem voz

- Então, logo após seu nascimento, seu pai foi em uma missão até Salt Lake, quase três semanas de viagem daqui até lá, e ficou exposto a radiação e veio a falecer. Sua mãe morreu devido a uma guerra contra uma tribo rival, você tinha cinco anos. No ano seguinte, você foi para a Arca.

- É por isso que eu só me lembro da minha vida quando eu tinha sete anos...

- Mas agora é tempo de festejar, você está de volta, crescida e forte. Agora, me conte, como você veio para cá?

- Fui presa e Jaha decidiu que os presidiários eram a ultima esperança da humanidade, mas, como posso ver, não somos.

- O que você que dizer?

- A humanidade nunca precisou ser salva, a Terra é habitável...

- Mikaela, perdemos contato com a Arca logo após a sua ida, Jaha achou que nós estávamos mortos.

- Quem é você? – digo, cambaleando para trás, confusa e com a visão turva.

Capítulo 3 - Fallen

Trouble



Durmo aconchegada ao corpo quente de Thomas, sua respiração batia em minha testa e suas mãos me abraçavam. Ele ainda estava dormindo quando eu acordei, não queria acorda-lo então continuei deitada. Percebo que o sol ainda não tinha nascido e a lua ainda brilhava.

Suspiro e Thomas se mexe

- Bom dia – diz ele

- Bom dia

Um grito soa rouco e assustado. Levanto-me num sobressalto e sai da barraca. Uma garota gritava e apontava para uma sombra. Corro até ela e pergunto o que estava acontecendo.

- Ele está babulciando coisas estranhas e quando eu fui falar com ele...

- Ele não respondeu?

- Exato

Várias outras pessoas saíram das barracas, com sono e um pouco assustadas.

- Vocês podem voltar a dormir, esse cara é sonâmbulo, está tudo sobre controle agora –digo

Aproximo-me dele e tento guia-lo até a sua barraca, evitando ao máximo toca-lo. Depois disso eu volto para a barraca. Bellamy estava acordado, Finn estava se trocando, assim como Thomas, ambos estava apenas de calça, assim como Bellamy. Sinto minha pele aquecendo.

- Perdoe-me – digo fechando os olhos

- Não precisa ficar envergonhada, não estamos nus – diz Thomas

- Trouxe isso para você – diz Finn me entregando uma blusa larga preta

- Obrigada

Todos eles saem da barraca. Fico sozinha, sento-me na cama e passo as mãos pelo cabelo, prendo-o em um rabo de cavalo. Visto-me com a blusa que foi me dada  e saio. Caminho entre os sobreviventes, eles pareciam felizes, mas mal sabiam eles os segredos obscuros que a Terra guarda.
Lembro-me do dia em que eu estava no escritório de Jaha, ele me mostrou uma fita, um áudio proveniente da Terra, nele dizia: ´´ Muitas pessoas ficaram expostas á radiação, causando mutação em seu corpo. Os que sobreviveram e tornaram-se aptos a sobreviver nós chamamos de vetores. Eles são rápidos e um tanto inteligentes. Aqueles que sobreviveram á radiação, agora lutam mais uma vez pela sobrevivência....´´. Nesse momento o áudio falhou, pois havia sido corrompido. Jaha estava preocupado com a reação dos demais se descobrissem a existências de seres transformados em monstros na Terra, isso causaria um pânico geral. O Chanceler confiou a mim essa mensagem e eu jurei que jamais contaria para alguém isso.

Sou despertada de meu devaneio por um empurrão. Cambaleio para trás e quando estava prestes a cair, um braço me envolve pela cintura. O menino me ajudar a ficar de pé e com um sorriso culpado me olha.

- Você está bem?

- Sim, não foi nada demais. Perdoe-me, estava distraída.

- Meu nome é Jasper

- Mykae...

- Mykaella, nossa líder – diz ele – Finn pediu para encontra-la, estamos de saída. Ele disse que você ia conosco para... bem, não sei ao certo

- Procurar plantas medicinais. Não temos remédios suficientes para mais de duas semanas.

- Certo. Venha, siga-me.

Sigo-o por alguns metros e encontro Finn com mais três pessoas. Dois meninos e uma garota.

- Oi, Mykaella. Se lembra de mim. Estava do eu seu lado na nave.

- Olá, Octavia. Por favor, chame-me de Myka.

- Monty e Jonh, respectivamente – Diz Jasper apontando para os outros dois meninos.

- Prazer em conhecê-los

- Bem, vamos andando, temos que voltar antes do pôr do sol.

Finn andava na frente, acompanhado de Jonh. Monty e Jasper andavam logo atrás. Eu e Octavia estávamos por ultimo. Ela falava sobre o irmão, o quanto que ele ela intrometido e irritante, também dizia o que eles aprontavam quando eram crianças, eu ria de todas as histórias.

- Foi o seu irmão que colocou terra na calça do Kane?

- Foi ele mesmo, mas foi eu quem deu a ideia.

- Vocês são loucos!

- Sei disso, sei disso. A filha da mãe é linda!

- Oi?

- A Terra. Costumo me referir a Terra como filha da mãe...

Nós duas rimos.

- Finn, pare.

- O que você achou?

- Aloe. É anti-inflamatória e desinfetante, comumente utilizada para feridas e queimaduras.

Retiro alguns caules e guardo-os na mochila.

- Você tem tudo isso decorado? Tipo o que cada planta é e como ela é? – pergunta Jonh

- Sim, tudo gravado na minha cabeça.

A cada dez metros eu parava, era tão fascinante. Em um período tão curto de tempo eu encontrei plantas que eu achei que nunca encontraria.

- O que é? – pergunta Finn

- Alfazema, Barbatimão e Tanásia. Servem para desinfetar os ferimentos leves, tem ação antisséptica, cicatrizante, antibacteriana e antifúngica e é uma planta com efeito vermicida, indicada principalmente em casos de verminoses intestinais, respectivamente.

- Nossa!

- Olha! – digo encontrando o que eu realmente queria – Erva-preta... é uma planta com um efeito anti-inflamatório e analgésico. Ela é muito útil!

- Pessoal, tem um lago, venham! – diz Jasper.

Todos correram atrás do lago, menos eu. Fiquei sentada contemplando a natureza que me cercava. O ar fresco e puro que nenhum gênio na Arca conseguiria imitar. A grama que pinicava minhas mãos me faziam me sentir em casa. Era bom estar lá, por mais eu seja perigoso.

- Você não vem?

- O que? Ah, não... Não gosto muito de água.

- Mas é perigoso ficar aqui, sozinha – diz Finn

- Eu consigo me virar. Estou bem, vá se divertir.

- Certeza?

- Absoluta – digo.

Tiro a mochila das costas e me deito no chão. Olho para o céu azul e as folhas verdes das copas das arvores. A brisa batia em meus cabelos, fazendo-os se espalharem pelo chão. Eu conseguia ouvir os gritos de alegria de Finn, Monty, Octavia, Jasper e Jonh. Fecho os olhos.

- Myka, você está bem? – diz Monty

- Sim, estava cochilando.

- Você precisa ver isso. É Octavia, ela se machucou

- Como? Onde?

- No lago. Ela ficou presa na correnteza e aranhou a perna numa pedra.

Sigo Monty até o lago. Octavia estava deitada, inconsciente. No momento em que eu me ajoelho ao lado dela, ela acorda, assustada. Estava pálida, suava frio e tremia. Olho para o ferimento. Era largo e longo. Sangrava muito.

- Nível de dor: 0 á 10 - digo

- Sete.

- Está com frio?

- Sim

Tiro o meu casaco e cubro-o. Tiro um pedaço da minha blusa e faço pressão contra o ferimento. Octavia começa a se contorcer, gritar e chorar.

- Sua vaca! Isso dói!

- Segurem-na!

- Alguém pega um cantil de água e enche com a água do rio! Por favor!

Monty se levanta e corre até a parte corrente do rio e enche a garrafa. Ele me entrega. Aperto bem forte a garrafa, fazendo jorrar um jato forte contar a perna da garota. Outro grito, maia agudo e potente.

- Finn me passa a sua mochila, rápido!

Pego a mochila e elevo a perna de Octavia.

- Jasper, pressione o pano contra a ferida, agora!

Pego o barbatimão na minha mochila e misturo com aloe. Faço um creme e passo um pouco no ferimento e o restante em um pano limpo. Faço um curativo rápido e volto minha atenção para Octavia. Ela estava em choque.


- Temos que leva-la para o acampamento - digo

Capítulo 2 - Fallen

Capítulo 2: Forest, river and danger

   

P.O.V Mykaella


Finn me seguia, quieto, atento aos meus passos. Eu não sabia exatamente para onde eu estava indo, mas queria me afastar ao máximo da nave, do Bellamy e dos outros. Aquilo tudo estava me deixando louca. Mas agora o meu foco principal é sobreviver o máximo possível.

- Finn, quero ir direto ao assunto: Minha família é muito miga do Chanceler Jaha e um certo dia ele me disse estava recebendo mensagens de alguma instalação aqui na Terra. Disse que poderia ter sobrevivido umas 100 pessoas desde de que nós saímos, ele também falou que o sinal vinha de algum lugar dentro da floresta.

- Como você conseguiu essa informação?

- Sou uma pessoa muito confiável. Mas voltando ao assunto, quero que você me ajude a achar o local de onde as transmissões vieram.

- De onde vieram?

- Daquele monte –digo apontando para uma montanha bem distante do nosso acampamento. Devia dar quatro dias de viagem

- Quatro dias de viagem, no mínimo

- Você pode me levar até lá? – pergunto

- Claro, mas a saída terá que ser adiada. Não temos comida o suficiente para levar.

- Entendo. Bem, era isso que eu queria falar, obrigada por sua atenção.

- De nada – diz ele

Voltamos para o acampamento. O sol já estava se pondo e Thomas colocava lenha  fogueira quando me viu entrando, ele se levantou e aproximou-se de mim.

- Tenho uma péssima notícia para você

- Desembucha

- Não consegui fazer barracas o suficiente. Cada pessoa vai ter três companheiros.

- E por que isso seria ruim?

- Eu, você, Bellamy e Finn.

Balanço a cabeça

- Por que ele está dormindo na mesma barraca?

- É a barraca dos líderes. Os sobreviventes falaram pra gente... bem, ficar juntos.

- Tudo bem – digo caminhando e olhando para o chão – Vai ser uma noite infernal

Entro na barraca e me sento na cama. Era apenas algumas toalhas e mantas espalhadas formando um retângulo macio.  Fecho os olhos, tinha muita coisa para fazer amanhã, ia ser um dia difícil.

Deito-me na cama, fecho os olhos e deixo-me ser levada pelo sono.

Acordo com uma luz intensa diante dos meus olhos, fico cega por alguns segundos e depois percebo que eu estava de volta na Arca, no meu antigo quarto, antes de ser presa. Minha mãe dormia na cama de baixo, meus livros estavam espalhados no chão e uma muda de roupa estava em cima da mesa.
Levanto-me, pego a roupa e vou até o banheiro comunitário. Entro em uma das cabines e tomo um ducha frio. Saio do chuveiro com cheiro de lavanda e com o cabelo extremamente molhado. Volto para o dormitório, troco de roupa, penteio o cabelos e calço as minhas botas.

- Bom dia, filha – diz minha mãe

- Bom dia – digo pegando meu material e jogando-o dentro da mochila.

- Para onde você vai?

- Para a biblioteca, estudar. Jaha disse que depois do almoço ele vai me levar para o necrotério para eu...

- Dar uma revisada nos corpos – diz minha mãe enjoada – Sabe, você podia encontrar um namorado ao invés de abrir pessoas mortas.

- Mãe, eu prometo que assim que eu conseguir meu lugar no Conselho como Médica Suprema eu arranjo um namorado.

- Você vai estar com 40 e poucos anos – reclama ela – Não vai ser bonita para sempre...

- Mãe...

- Ta bom, vai ser feliz com seus corpos necrosados

- Tchau, mãe

- Até o jantar, Myka.

Caminho pelos corredores da Arca até chegar a biblioteca, a porta de vidro se abre no momento em que eu pisa na plataforma. Selena, a bibliotecária de 37 anos me recebo com um enorme sorriso no rosto.

- Bom dia, Myka

- Bom dia, Selena

Sento-me na cadeira mais afastada e retiro os meus livros da mochila. Fico estudando até a hora do almoço, quando o sinal tocou eu arrumei meu material de estudo dentro da mochila o máximo que pode e corri para o refeitório.

Me servi com uma sopa de ervilha e franco, duas fatias de pão, água e salada de alface e brócolis. Almocei bem rápido e corri até a sala do Chanceler Jaha. Ele estava senado, almoçando ao lado de um garoto.

- Perdoe-me, Chanceler. Estou saindo

- Não se preocupe Mykaella. Já estava terminando. Sente-se

Obedeço-o e sento-me em um sofá marrom e macio. Olho para os meus sapatos até uma mão quente tocar o meu ombro. Era Jaha.

- Vamos – sorrio e sigo-o

Caminhos por vários minutos, passamos por várias pessoas que eu nem sabia que existiam. Minhas pernas começavam a lateja, não sabia que o necrotério era tão longe, porém Jaha estava com um sorriso no rosto. Respiro fundo e continuo seguindo-o.

De repente um alarme extremamente alto começa a soar. Jaha me olha preocupado. Kane aparece e nos guia até um lugar seguro. Kane estava assustado. As luzes piscavam num ritmo acelerado.

- O que está acontecendo?

- Houve uma explosão no setor de dormitórios leste. Entre os quartos 456 e 463

- Não... Não! – digo

Estava chorando, tonta, fraca. Minha mãe não a trabalhar hoje. Saio correndo, tropeçando e batendo em pessoas desesperadas. Um homem forte me empurra e eu caio no chão. Dezenas de pessoas pisam em mim, sinto minhas costelas quebrando, assim como o meu fêmur esquerdo e meu rádio direito. Eu gritava e chorava, conseguia ver os meus ossos para fora do corpo.

Meu corpo latejava como se todo o peso da Arca caísse em cima de mim

Acordo sendo sacudida, estava suada e minha garganta ardia. Sentia lágrimas caindo pelo meu rosto. Uma mão quente e macia enxugava-as á medida que elas caiam. Era Thomas, ele me cobre com um cobertor.

- Você sonhou com o que?

- Não...não – digo soluçando – Não quero falar sobre isso.

- Tudo bem.

Finn e Bellamy ainda estavam dormindo. Thomas se levanta, mas eu agarro o pulso dele e puxo-o para o chão. Ele sorri e se deita ao meu lado. Deito o meu rosto em seu peito quente e olho para ele. Thomas beija a minha testa.


- Durma. Eu vou te proteger – disse ele

- Obrigada, Thomas

Capítulo 1 - Fallen


Capítulo 1: Hi, Earth

Acordo com alguém me sacudindo, levanto em um sobressalto, assustada e suando frio.  Ainda estava dentro da nave. Respiro e olho ao redor, a parte externa estava intacta. Olho para o chão, havia dois corpos mortos e Thomas ajoelhado no chão. Ele parecia estar feliz.

- Bom dia, Myka

- O que aconteceu com eles?

- Eles tiraram o cinto de segurança durante... o voo

- Nós... chegamos?

- Sim, a Terra é habitável, e é linda diga-se de passagem

Caminho até a saída, paro no meu do caminho. Não conseguia andar mais. Estava com medo do que eu podia encontrar. Tento inventar uma desculpa, alguma forma de me atrasar, de atrasar o meu encontro com a Terra.

- E o tal Bellamy está vivo?

- Sim, e ela acha que é o chefe.

- Poupe-me!

Olho novamente para a saída, tinha que enfrenta-la, quanto mais cedo melhor, certo? Respiro fundo e penso em alguma coisa boa. Abro os olhos e enfrento a saída, caminho devagar, quase arrastando os meus pés.

Quando eu saio vejo uma floresta fechada em torno de nós e uma multidão ao redor de um homem alto, moreno e musculoso, bonito. Seus cabelos negros precisavam de um corte, mas isso não diminuía a sua beleza.

- Esse é o Bellamy?

- Sim – responde Thomas

Desço da nave, caminho até Bellamy em passos rápidos, atravesso a multidão. Chego até o rapaz, ele era mais alto do que eu, no mínimo 25 centímetros a mais. Dou um passo para trás e observo-o.

- Quem é você? Por que entrou na nave? – digo

- Meu nome é Bellamy.

- Por que entrou na nave? – repito a pergunta

- Não é da sua conta

- Tudo bem... – estava sem paciência

- Quem é você?

- Mykaella

- O que você quer?

- Conversar com você

- O que me interessa agora é... – ele sorria maliciosamente

- Não importa. Venha, siga-me – digo guiando-o de volta para nave

Chegando lá ele me segura pelo meus pulso e me empurra contra parede. Bellamy beija o meu pescoço, depois olha nos meus olhos. Eu estava chocada, tento falar alguma coisa, gritar, mas eu não tinha mais voz.

Olho ao redor, nada, ninguém. Bellamy começa a desabotoar a minha calça, penso rápido e dou uma joelhada em sua barriga, depois um soco em seu maxilar. Ele olha para mim, voraz, depois se endireita e passa a mão pelo cabelo.

- O que você tem na cabeça?! Merda?! – digo, abotoando a minha calça

Ele ri e diz:

- O que você queria falar comigo?

- Como você...? O que acabou de acontecer? Você...?

- Pare de gaguejar, está me irritando.

- Ok, voltando ao assunto – digo – Posso perceber que vocês quer se tornar o líder...

- Como? – diz ele me interrompendo

- Você escutou o que eu disse

- Eu quero somente deixa-los vivos, senhora-sabe-tudo

- Podemos entrar em um acordo, por favor?

- O que você tem para me oferecer?

- Tenho conhecimento aprofundado de medicina...

- Só isso?

- Deixe-me terminar a frase?

- Faça o que quiser

- Sei um pouco sobre estratégias de guerra. E pensei em nos juntarmos e...

- Como o Conselho? Aqui não é a Arca!

- Vejamos – digo saindo a passos rápidos

Aproximo-me da multidão da multidão. Apresento-me. Todos olham para mim e formam um círculo ao meu redor, eles me olham estranhando tudo o que eu estava fazendo.

- Meu nome é Mykaella, antes de ser presa, fui estudante de medicina, número um em todas as provas. Proponho a vocês um tipo de governo parecido com o da Arca, pretendo formar um Parlamento com quatro líderes.

- Quem seriam os líderes? – pergunta uma garota no fundo

- Um da guarda, um da construção, um da caça e um da medicina – digo – Mas eu preciso saber as especialidades de cada um, então preciso que cada um vá para uma das filas de acordo com suas habilidades.

Vou em cada pessoas e pergunto no que ela e boa. Depois de duas horas perguntando e separando em quatro grupos eu percebo que eu era a única com habilidades médicas e muitas pessoas aptas para servir de guardas.

- O que você pensa que esta fazendo? – pergunta Bellamy

- Organizando essa bagunça – digo – Separei os sobreviventes em quatro grupos de acordo com suas habilidades.

- E o que você pretende fazer?

- Uma votação em cada grupo e decidir o líder.

- Certo. E no seu grupo quem vai ser o líder?

- Caso você não tenha percebido, aqui só tem eu, logo eu serei a líder.

- Boa sorte – diz ele e se retirando do recinto

Me reúno com o resto dos grupos e digo:

- Tem alguém que é contra a minha ideia?

 Todo mundo ficou quieto.

- Certo... – caminho até o grupo da guarda – Quem é o líder?

- Bellamy Blake – diz uma garota ruiva

- Chame-o e diga para ele me esperar dentro da nave – caminho até o grupo da construção – Líder?

- Thomas Hytier – fala um menino moreno

- Diga a ele para me encontrar na nave em 5 minutos – ando até o grupo da caça – Líder?

- Finn Collins

- Nave em cinco minutos

Respiro fundo e caminho até a nave em passos lerdos. Bellamy estava lá, ele com certeza vai me dar dor de cabeça, porém Thomas vai estar lá, pelo menos ele não tentou me estuprar...

- Oi – digo ao entrar

- Oi, Myka – diz Thomas

- Posso ver que vocês são bem íntimos...

- Cale-se, Bellamy

- Gente calma – diz um garoto de cabelos negros, quase da altura dos ombros, extremamente bonito – Não viemos aqui para discutir.

- Finn está certo. Bom, cada grupo votou em um líder que no caso são eu, Thomas, Finn e Bellamy.

- Sim. Eu proponho, como líder da caça, uma saída amanhã de manhã, preciso ter noção do que vamos enfrentar.

- Eu vou junto – digo – Preciso conhecer as plantas da região. Não temos remédios para mais de duas semanas, vou precisar fazer.

- Quero fazer uma cerca ao redor da nave, com apenas uma saída – diz Thomas

- Não temos armas então não posso fazer nada.

- Treine o pessoal do seu grupo. Ensine-os a lutar corpo á corpo – falo

- OK

- Então estamos decididos?

- Sim.

- Certo – digo – Finn, quero falar com você, em particular.

- Claro.

- Siga-me

Prólogo - Fallen

Prólogo: Jaha send us to Hell

 
P.O.V Mykaella


Estava em minha cela, sentada no chão, olhando pela janela, observando a Terra e pensando em todos os dias de aula de medicina, todas as noites que eu gastei estudando para acabar parando aqui, presa.Fui presa porque tentei roubar morfina para ajudar uma moça que estava grávida de seu segundo filho, um guarda me viu correndo até um dormitório, achou estranho e me segui, encontrou-me parindo o bebê. Minha vida foi por água abaixo depois desse dia.- Devia ter dito não – falo para mim mesmaMeus pais se recusam a me olhar, me visitar, Jaha, meu grande amigo, não troca uma fala comigo desde aquele dia, três anos atrás. Eu me tornei uma desgraça. Agora eu vivo nessa maldita cela, sendo alimentada somente mingau de aveia e arroz com cenoura.Levanto-me e me posiciono mais perto da janela, observo a Terra, parecia muito mais limpa do que antes, seus mares estavam mais azuis e os continentes pareciam mais verdes. Rio.Nós nunca vamos voltar para lá, o Conselho tem medo. Deito-me na cama e fecho os olhos, tento dormir mas uma memória me impede. Ver aquela moça morrer em meus braços foi... horrível, estava tudo indo muito bem, a cabeça do bebê já estava no lugar certo e estava visível. Estava prestes a tira-lo quando quatro guardas arrombaram a porta e me impediram de realizar o parto.A mulher continuava fazendo força, desnecessariamente. Eu gritava para os guarda, implorava a eles para que me soltassem, mas eles me algemaram e me empurraram para fora do quarto. Eu vi a mulher sangrar até a morte e o bebê morrer engasgado com o líquido do útero da mulher.Sou acordada com o soar de um armário. Um guarda aparece na minha porta. Sento-me na cama e penso. Devia ser apenas um treinamento contra incêndios ou algo do gênero.- Acompanhe-me, Mykaella- O que está acontecendo?- Jaha está tornando vocês úteis – disse o guarda- Como assim?- Vocês vão para a Terra- Jaha perdeu a noção! Não é seguro!- Como você sabe que não é?O guarda se aproxima de mim e me algema. Guia-me para fora da cela. Andamos por um corredor mal iluminado e frio e paramos em frente á uma porta de ferro. O homem dez um código com letras e números e a porta se abre.Era uma nave com vários lugares e um corredor central. Havia uma escada que guiava tanto para cima quanto para baixo. Não tinha janela e a única fonte de iluminação eram duas grandes lâmpadas na lateral leste e oeste.- O que está acontecendo? – perguntava um garoto que estava sentado e assustado- Você senta aqui – diz um outro policia – Vamos!Sento-me onde o homem apontou, ele afivelou o meu cinto e depois tirou as minhas algemas. Um garoto se sentou ao meu lado. Ele era loiro e parecia ter a mesma idade que eu. Estava assustado, podia sentir, mas seu rosto deixava claro que ele também estava com raiva.- O que está acontecendo? – perguntou ele, baixinho- Estão nos levando para a Terra- O que? O Chanceler pirou?- Talvez – digo- Meu nome é Thomas- Mykaella- Prazer – diz eleSorrio. Uma menina se senta no banco á direita. Tinha cabelos pretos e pele branca. Vestia-se com uma blusa preta e uma jaqueta. Suas calças eram de um jeans preto, assim como as botas que ela usava.- Mykaella, certo?- Sim- Octavia – diz ela – Você sabe o que está acontecendo?- Vamos ser enviados para a Terra.- Como?- Mesma reação – diz Thomas – Jaha deve ter... bebido alguma coisa- Atenção todos, aqui quem fala é Kane, capitão da Guarda. Venho avisa-los que vocês serão mandados para a Terra. Chanceler Jaha decidiu dar uma segunda chance á vocês. Vejam se a Terra é habitável e nos avisem. Que nos encontremos em breve e boa sorte.Conseguia ouvir meninas chorando e meninos gritando, mas um barulho se sobressalta, parecia um tiro. As portas se abrem e um homem entra, assustados, correndo os olhos pelas cadeiras, procurando uma cadeira vazia.- Bellamy! – grita Octavia- Você conhece ele? – pergunto enquanto o homem se senta em um banco vazia logo na primeira fileira- Sim, é meu irmão- Prontos para o lançamento em 5... – diz um homem- Por que ele entrou aqui?- 4...- Não sei! Bellamy!- 3...- O que está acontecendo? Por que ele entrou aqui? Ele é louco? Estamos indo para a Terra! – diz Thomas- 2...- Bellamy! – continua Octavia-1...Fecho os olhos e penso em tudo de bom que aconteceu na minha vida.

Capítulo 5 - Fallen

Capítulo 5 Minha cabeça latejava, meu corpo estava quente e minhas pálpebras, pesadas. Tento me levantar, mas tudo estava dolorido. T...